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    Tony Garcia alerta: Mauro Cid deflagrou operação cavalo de Troia

    Tenente-coronel age deliberadamente para melar as investigações, aponta o empresário, que conhece os meandros do sistema de justiça

    Mauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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    Por Tony Garcia, no X – Mauro Cid detonou a ‘bomba da desconfiança’ dentro das instituições do Estado que o acolheram como delator. Os tiros tinham alvos pré-definidos e foram certeiros, atingiu em cheio a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes.

    Ao contrário do que pensam nossos incautos jornalistas e “especialistas” de plantão da GloboNews e outros tantos que acreditam ter sido tiro no pé.

    Cid recebeu a “missão” (característico de militares)  em se infiltrar e implodir de dentro o inquérito no momento propício. O start para a fase final da “missão” iniciou-se em duas frentes. O ato na paulista com Jair Bolsonaro pedindo anistia e os depoimentos confusos e propositalmente contraditórios dos dois ex-comandantes à PF. 

    A partir daí a coisa escalou e incitou a revolta dentro da caserna. O ministro da defesa José Múcio foi instado a comunicar o governo da insatisfação generalizada do alto coturno. O “recado” foi curto e grosso. Se viesse ordem de prisão para qualquer um dos envolvidos de alta patente o caldo entornaria de vez. 

    A meu ver, não foi recado, foi ameaça e surtiu efeito imediato. 

    O presidente Lula capitulou sobre eventos de 64 e determinou a Múcio a fala que soou como pedido explícito de ANISTIA aos militares.

    Cid sabia que o vazamento o levaria a prisão, foi movimento orquestrado e calculado, missão dada, “MISSÃO CUMPRIDA!” Cid também sabia que não iria para a Papuda se juntar  aos baderneiros, iria, como foi, para um quartel-general junto de seus “familiares” em uma espécie de prisão domiciliar com todas as regalias e livre de fiscalização externa. Praticamente um spa. 

    A ‘PROVA INEQUÍVOCA’ de que Cid e a defesa não estavam “BEM INTENCIONADOS” qto a manter a HIGIDEZ DA DELAÇÃO, foi a nota do advogado ‘CONVALIDANDO’ de imediato os áudios vazados. Só não enxerga a VERDADEIRA INTENÇÃO quem sofre de miopia intelectual e neófitos do direito. Se realmente tivessem sido pegos de surpresa e não fossem partícipes do vazamento, teriam agido como os procuradores da Lava Jato Deltan e o ex-juiz Sérgio Moro que, ao CAÍREM na Vaza Jato, foram veementes em negarem a veracidade das mensagens vazadas jogando a desconfiança para a opinião pública. Todos eles “mantêm isso aí” até hoje. 

    O que o advogado de Cid fez foi minimamente calculado, sabia que o efeito das falas “vazadas” seria devastador para as investigações e abriria brechas enormes para a defesa de todos os envolvidos. Atende principalmente os militares, além, claro, de incendiar o discurso político plantando a semente da desconfiança nos poderes da república.

    O depoimento de ontem no STF é outra prova INEQUÍVOCA da FARSA e que não havia pretensão alguma em se defender  nem evitar a prisão visto que, perguntado quem seria o interlocutor ou interlocutores dos áudios negou-se a responder.  Ato contínuo, recebeu ordem de prisão e FINGIU PASSAR MAL em evidente intenção dissimilatória. A expressão corporal e facial de Cid encaminhando-se para o “camburão” desnuda a farsa. Qualquer especialista de linguagem corporal atesta isso. Ou seja, cada passo foi minuciosamente pensado e posto em prática.

    Mais claro que isso somente a luz do sol. 

    Resumo do estrago jurídico e político do ato até esse momento:

    1. A delação de Cid perdeu credibilidade e deverá fatalmente ser rescindida. 
    2. Proporcionou aos bolsonaristas equipararem os vícios da Lava Jato ao inquérito. 
    3. Todos os envolvidos entrarão com recursos pedindo anulação dos depoimentos do Cid. 
    4. Já há movimentação na Câmara e Senado para abertura de CPI.
    5. Ganha força a tramitação de vários projetos de anistia gestado na paulista por Bolsonaro. 
    6. Incendeia a revolta na caserna e dá discurso para os militares reagirem com força. 
    7. Convocarão vários atos para denegrir as investigações. 

    Finalizando, deixo em aberto a resposta de uma pergunta para reflexão de todos. 

    Se Cid gravou tal coação, o quanto abala?

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